O que há de novo na gasolina brasileira?

Desde segunda-feira, dia 03 de Agosto, a gasolina vendida em todo o país passou a seguir novas especificações. As mudanças tocam diretamente a gasolina do tipo C (comum) e Premium, que é indicada pelas fabricantes de carros esportivos.

A Petrobras, responsável por cerca de 90% da produção da gasolina comercializada no Brasil, diz que os novos parâmetros já são seguidos pela companhia, inclusive no padrão que passará a vigorar somente em 2022.

No artigo dessa semana, mostraremos quais são as principais mudanças do “novo combustível” que já é comercializado no país, além de comentar brevemente aspectos relacionados à qualidade e ao preço da mais recente gasolina nacional.

O que há de novo na gasolina?

De acordo com informações divulgadas pela Petrobras, e sustentadas por especialistas, existem três novidades nos parâmetros da gasolina. Um dos principais é a exigência de uma massa específica mínima.

A massa específica (ou densidade) é a quantidade de uma substância em um determinado volume. No caso da nova gasolina, o padrão mínimo é de 715 kg/m³, mas o que isso significa?

Isso quer dizer que cada litro da gasolina deve pesar, no mínimo, 715 gramas. É importante ressaltar que antigamente não havia um indicador mínimo. Mas, do ponto de vista prático, o que isso quer dizer?

Quando a massa específica é muito baixa, há menor conteúdo energético por litro, então o consumo aumenta. Sendo assim, ao definir um valor mínimo de massa específica por litro de gasolina, se assegura uma performance mínima, além de facilitar o processo de controle e fiscalização da qualidade do derivado diretamente na bomba dos postos.

Além dessa novidade, foi definida uma nova metodologia relacionada ao método de contagem da octanagem da gasolina. A octanagem é o nível de resistência da gasolina à compressão do motor.

Antigamente, o IAD (índice antidetonante) exigido para a gasolina brasileira era de 87 octanos. Agora, segundo a mais recente normatização, a gasolina deve ter 92 octanos, em alinhamento ao método RON.  A partir de 2022, o RON exigido sobe mais um pouco, chegando a 93 octanos. Vale destacar que a metodologia RON avalia a resistência da gasolina à detonação, na situação em que o motor está carregado e em baixa rotação (até 3000 rpm).

Na prática, quanto maior a quantidade de octanos, mais resistente o combustível é à queima, e mais próximo do melhor nível de eficiência ele vai estar. Sendo assim, na teoria, com o aumento de octanos, a nova gasolina entregará maior desempenho aos automóveis.

Por fim, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) também introduziu a temperatura mínima de 77 °C para a destilação de 50% da gasolina. Antes, havia apenas um teto para a destilação, de 80 °C.  A destilação assegura que o combustível será volátil o suficiente na partida a frio para realizar a combustão.

Mas, diante dessas novidades, o valor do litro do derivado do petróleo sofrerá aumento?

Preço do litro da nova gasolina

Segundo informações dá própria Petrobrás, a expectativa é de haja um leve aumento na precificação do litro do combustível. No entanto, a empresa não informou qual deve ser a diferença nos preços.

Ainda, segundo a empresa, o novo combustível entregará maior desempenho aos automóveis, produzindo uma economia no consumo de 3% a 6%, o que não é unanimidade no meio.

Todavia, em nota, a Petrobras disse que o ganho de rendimento de 5%, em média, proporcionado pela nova gasolina compensará uma eventual diferença no preço da gasolina, além do preço do combustível ser definido pela cotação no mercado internacional somado a outras variáveis.

Por fim, a empresa também afirmou que é responsável por apenas 30% do preço final da gasolina nos postos.

Conclusão

No artigo de hoje, mostramos, de forma breve, quais as diferenças e prováveis impactos que a nova gasolina comercializada no Brasil deverá produzir.

Agora que você aprendeu mais sobre as novas especificações do combustível brasileiro, descubra tudo sobre como reduzir custos com transporte e gestão de transporte nas organizações em tempos de pandemia.

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