Placa do Mercosul: tire suas dúvidas!
Há praticamente um ano, mais precisamente no dia 31/01/2020, os Departamentos de Trânsito (Detrans) de todos os estados da federação concluíram os procedimentos para implantar a nova placa do Mercosul.
O novo modelo de placa, desde então, é obrigatório apenas nos casos de primeiro emplacamento. Além disso, para os veículos que possuem a placa antiga, a troca de modelo deverá ser feita em situações que ocorram mudança de município ou unidade federativa, roubo, furto, dano ou extravio da placa e nos casos em que haja necessidade de instalação de segunda placa traseira, como nos casos de acidente, por exemplo.
Mas, porque a placa do Mercosul foi criada? Existe alguma obrigatoriedade em relação ao seu uso? Qual sua função? Pensando nisso, no artigo de hoje responderemos essas e outras perguntas.
No artigo de hoje, falaremos sobre:
- Porque a placa do Mercosul foi criada?
- Como as placas funcionam?
- Quais os objetivos das novas placas?
Porque a placa do Mercosul foi criada?
Muitas das criações que a sociedade experimenta, em qualquer contexto, normalmente partem de uma base pré existente. Filosofia? Não, realmente fato! Mas, o que isso tem a ver com as novas placas do Mercosul? A criação dessas placas surgiu exatamente assim.
Em 1968, lideranças dos países integrantes da Convenção de Viena assinaram a Convenção sobre Trânsito Viário, firmado com a finalidade de facilitar o trânsito viário internacional, além de aumentar a segurança nas rodovias.
Para isso, esses países adotaram uma série de regras a serem seguidas por todos os condutores de veículos quando trafegarem em seus territórios. Tais regras são iguais em todos os países, objetivando padronizar uma série de diretrizes relacionadas ao trânsito de veículos.
Desde então, todos os países que fazem parte da União Europeia passaram a empregar o mesmo padrão de emplacamento veicular, além de implementarem outras definições tomadas na supracitada convenção.
Seguindo exatamente esse exemplo histórico, os países que integram o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) decidiram aplicar um único padrão de emplacamento nos veículos, o que permite aprimorar o controle de fiscalização nas fronteiras e facilitar o trânsito entre os territórios, unificando a informação e a segurança de todas as regiões que integram o bloco.
Mas, como as novas placas funcionam?
Como as placas funcionam?
O novo modelo apresenta um padrão diferente do observado nas placas antigas. As novas placas, ao contrário das usadas até então, possuem o padrão com quatro letras e três números, exatamente o inverso do que era adotado em nosso país.
O novo modelo, segundo dados do próprio Governo Federal, permite mais de 450 milhões de combinações, o que, considerando o padrão de crescimento da frota nacional, pode levar mais de 100 anos para se esgotar.
Além disso, a novo padrão de placas possui como cor principal de fundo o branco. A mudança ocorrerá na cor da fonte das placas, para poder diferenciar o tipo de veículo, sendo, portanto:
- Fonte preta para carros de passeio;
- Fonte vermelha para carros comerciais;
- Fonte azul para carros oficiais;
- Fonte verde para carros em teste;
- Fonte dourada para carros diplomáticos;
- Fonte prata para veículos de colecionadores.
Ademais, todas as placas deverão contar com QR Code, contendo números de série que viabilizam o acesso às informações do banco de dados do fabricante e estampador do produto, objetivando controlar a produção, logística, estampagem e instalação das placas nos respectivos veículos, além de verificar sua autenticidade.
Quais os objetivos das novas placas?
Além de aprimorar o patrulhamento e fiscalização das fronteiras entre os países que participam do Mercosul as mudanças primam por evitar fraudes em emplacamentos, já que todas as placas, a despeito dos países, possuem o mesmo padrão.
Com o banco de dados unificado entre os países, infrações cometidas por um veículo de passagem pelo Brasil, por exemplo, podem ser consultadas na Argentina, e o contrário, também é possível. Todo esse arsenal de informação ajuda grandemente na gestão de trânsito e no gerenciamento de transporte.
Conclusão
Como mostramos, o novo padrão de placas objetiva atender muitas demandas, sobretudo, relacionadas ao controle de trafego entre os países e a gestão de transporte, além de facilitar o controle de emplacamentos e rastrear mais facilmente possíveis fraudes.
Agora que você aprendeu mais sobre as mudanças no padrão de placas, descubra tudo sobre como gestores de frota podem implementar medidas que reduzam os gastos com combustível em suas frotas.