Mobilidade corporativa ponto a ponto: desafios muito além da corrida de táxi

A rotina corporativa é frenética. Nela, colaboradores de diversos níveis circulam diariamente entre unidades diferentes, entre o escritório e o aeroporto, para um tribunal, etc. Deslocamentos ponto a ponto perfazem um conjunto enorme de demandas, quilômetros rodados e, é claro, bastante dispêndio.

Com exceção dos casos em que o colaborador é autorizado a utilizar um carro da frota, a maior parte destas demandas é atendida por terceiros, sejam locadoras com motorista, cooperativas, autônomos, táxis convencionais e aplicativos.

O ambiente corporativo tradicional

Num ambiente corporativo tradicional, os programadores de transporte lidam com alguns desafios, dentre os quais destacam-se: coincidir as demandas conforme o local de saída ou de chegada; evitar o retorno vazio (quando é possível atender demandas sequenciais); determinar o tipo de veículo correto segundo regras hierárquicas ou de segurança; prever o custo estimado do traslado; medir os serviços executados pelos diversos fornecedores; manter comunicação efetiva com os passageiros e o motorista designado.

A rotina sufocante do programador de transporte

Quando as programações surgem em quantidades menores, ainda que de fontes desestruturadas como telefone ou e-mail, é possível controlar por meio de planilhas e alcançar os primeiros objetivos como o compartilhamento de viagens. A partir do momento em que as quantidades aumentam significativamente, não há recurso humano capaz de analisar com precisão todas as oportunidades de otimização.

Segue-se à programação, a execução do atendimento. Que fornecedor selecionar? Há disponibilidade? Alguém ligou pra ele ou mandou e-mail? Ele já respondeu? Alguém avisou o solicitante? Qual o modelo do veículo? Qual o nome do motorista? Ufa!

Se tudo deu certo até aqui, falta acompanhar o traslado e apurar o serviço executado. Mas como? É possível rastrear? Será que ele cumpriu o trajeto combinado? O passageiro fecha a corrida como? Assina um voucher de papel?

Este ciclo se repete várias vezes ao longo de um mês e finalmente chega a hora de fazer a medição. O fornecedor manda uma pilha de vouchers assinados por diversos colaboradores e planilhas com letra Arial tamanho 7 pra você conferir. Hora de conciliar os dados? Hora extra na certa!

E os apps?

Os aplicativos entraram de vez no cotidiano de pessoas físicas e, claro, de organizações. Hoje é possível utilizar soluções corporativas que organizam as demandas de deslocamento nas cidades e suas funcionalidades resolvem alguns dos problemas citados neste artigo.

No entanto, eles não resolvem a realidade corporativa porque não têm a abrangência geográfica necessária, não permitem a configuração de regras de hierarquia ou de segurança, não são capazes de executar a função de compartilhamento de viagens, definir modelos de veículos conforme a demanda dos passageiros, sujeitam a organização ao preço de mercado ao invés de contratos com valores negociados previamente, dentre outros.

Nem lá, nem cá

Aumentar a equipe para manter o modelo tradicional ou abandonar tudo e migrar para os apps não são as melhores soluções. O modelo híbrido seria a via possível.

Adotar um modelo híbrido significa implantar um sistema informatizado que compreenda o universo corporativo e suas demandas; permita a aplicação de políticas que vão além de meros perfis e distribuição de valores por centro de custo; e ainda estabeleça regras para os casos em que seja mais vantajoso utilizar os serviços prestados pelos apps.

Agora que você aprendeu sobre os desafios relacionados à mobilidade corporativa, saiba o que é customer success e o que isso tem a ver com mobilidade.

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