Transporte público autônomo: futuro ou utopia?

Na semana passada, na cidade de Las Vegas, mais precisamente na última terça-feira (7), uma nova edição da CES (Consumer Electronics Show), maior feira de tecnologia do mundo, teve início.

Todos os anos, diversas empresas de tecnologia dos mais variados segmentos, apresentam ao mundo inovações tecnológicas com o mesmo objetivo: revolucionar mercados e, talvez, nossas vidas.

Dentro dos tópicos discutidos este ano, as inovações no segmento de mobilidade, nos chamaram atenção, sobretudo, relacionadas ao transporte público. Por isso, no artigo desta semana, falaremos sobre transporte público e pessoal autônomo: utopia, futuro ou realidade?

Convencional versus futurista

Um dos principais símbolos de autonomia e liberdade social, indiscutivelmente, é o carro. Este meio de transporte já testado e adotado em massa, tem sucesso comprovado. Todavia, cada vez mais, as grandes cidades estão congestionadas e a qualidade do ar indo de mau a pior. Ambos os fatores representam uma ameaça à nossa saúde.

Nas grandes cidades, muitas vezes, vários deslocamentos realizados com um automóvel particular, podem ser discutidos. Entrar em veículo de algumas toneladas para comprar alguns pães não é mais sustentável.

Ao passo do crescimento populacional global e do superpovoamento nos centros urbanos, há uma grande necessidade de se repensar a mobilidade do passado. Contudo, a discussão não é simples, tampouco, de curto prazo.

Já convivemos com algumas inovações nesse sentido. Novos tipos de motores elétricos e híbridos, além do surgimento de plataformas de serviço compartilhado de logística, nos levam a pensar como será o futuro da mobilidade pessoal e de massa nos próximos anos.

Mas enquanto os veículos autônomos e elétricos não são adotados em massa, ainda há um intenso debate sobre como os diferentes meios de transporte serão acessados e controlados, e como zonas urbanas e rurais irão compartilhar serviços de mobilidade.

Além disso, várias pessoas são adeptas do modelo de mobilidade tradicional, quer dizer, não são poucas as pessoas que preferem possuir um veículo a utilizar meios públicos ou compartilhados de transporte.

Além do mais, a malha logística brasileira, para falar o mínimo, deixa muito a desejar, não somente a oferta de serviços, mas, principalmente, a estrutura necessária ao bom desenvolvimento logístico nacional.

É só um discurso “sustentável”?

A maioria esmagadora das empresas que dizem pensar a mobilidade do futuro ou a nova mobilidade, são organizações capitalistas, possuem ações nas principais bolsas de valores do mundo, além de processos produtivos tradicionais. Além do mais, o lucro continua sendo a razão máxima da existência de todas essas companhias, afinal de contas, o altruísmo não paga as contas.

Ademais, o desenvolvimento dessas novas tecnologias requer altíssimos investimentos, que não se restringem somente na produção desse novo tipo de transporte, mas, proporcionalmente, na estrutura logística das cidades e zonas rurais.

Por fim, para que o novo modelo ganhe tração e seja adotado em escala mundial, investimentos massivos em marketing, criação de conteúdos personalizados e propaganda deverão ser feitos, o que pode dificultar ainda mais a transição para a “nova” mobilidade.

Conclusão

A discussão é realmente longa. Existem muitos pontos que precisam ser analisados para afirmar se os novos meios de transporte autônomos serão adotados em massa. Além do conteúdo abordado neste artigo, eventuais barreiras jurídicas poderão surgir com o passar dos anos.

E você, qual sua opinião sobre a nova mobilidade urbana e os carros autônomos? Aproveite e aprenda mais sobre três ferramentas de gestão de transporte para otimizar processos logísticos e gerenciais.

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